domingo, 22 de fevereiro de 2009

Impactante


Eu já tinha algumas idéias para depositar na penseira, mas aí, meus dedos guiados pela curiosidade me levaram ao teu espaço. Pelas palavras.

Fui pelas últimas. A impressão foi muito boa, lamentei...

Lamentei não ter a habilidade de escrever daquela maneira. Mas se era mais do que bisbilhotar o teu espaço, quis fazer direito. Comecei pelas primeiras palavras, primeiras idéias. Nossa, como escreves bem. Há tempos que palavras não me fascinavam daquele jeito.

Emoções senti. Saudade, tristeza, alegria, inveja e sim, compreensão (o que se sente quando se compreende? me perdi...). Mesmo na tua confusão de gritar a revolta, a crítica, a beleza, as reflexões, consegues transmitir o que te passas...belamente...! E mais uma vez compreendi.

Quão atraente podes ser, ou melhor, és! A plástica já me é familiar, a inteligência e disciplina uma suspeita quase certa,mas as palavras não...

E pelas palavras, um pouco de ti.


Não sei de fato das histórias juras inventadas, mas não me pareceu eu-lirico coisa nenhuma. Simplesmente tu. E tuas experiências. Um sentimento existente...

Ora, muito bem!

Conquistaste esta que educadamente e simpaticamente (sistema simpatico pode ser também) apenas de poucas palavras faladas te descobria. Como alguém que não fora apresentada, mas que sabia o quanto foste importante(ou ainda és, acredito) para alguém de maior contato comigo (é, contato...). Então, já te olhei com curiosidade e ...bem, não sei nomear o sentimento que me acompanhou naqueles dias em que em evidência ficaste em frente a todos para discorrer sobre a depressão...Roupas simples, tudo simples, mas que pode chamar atenção (quem me dera!), pois o conteúdo já se sobressai. A plástica, é perfeita...tenho que admitir. Olhos claros brilhantes (não tem como ser o contrário) e aquele sorriso maroto e alinhado...naquela salinha de nervosismo...não teve (tem) como ser ignorado.

Mais uma vez compreendi. Compreendo. Faz sentido.

Mas aí é que está! Eu, não me esforço (de imprimir forças mesmo) pela tua amizade. Não. Mas, as tuas palavras me trouxeram algo há tempos não experimentado! Tempos de Para gostar de ler, escolhidos a dedos e sem medos, naqueles corredores de livros, aproveitando-me de privilégios em ultrapassar a porta que pra mim não me barrava mesmo com aquele aviso que desbotava.

Sim, agora lembrei que tivemos uma conversa certa noite...na companhia das pessoas mais graciosas e engraçadas que divertiram o papo. É, tua voz eu não ouvia, mas tinha a cor azul marinho e a minha impressão foi ao mesmo tempo uma pessoa madura e decidida, embora confusa.

Não deveria ter me surpreendido pelo tecido que fazes ao coser as palavras...mas ainda estou bastante impressionada. Quisera eu ter essa habilidade, mas no teu espaço mostraste muita leitura, e aquela história de quem lê muito escreve bem, ressoou. Entre linhas deste-me dicas de boas leituras. É, é disso que preciso! Há pouco tempo e devagar estou me libertando de reler meu vício Rowllingano. Vira e volta gosto e procuro leituras novas, se me indicam então, podes crer que buscarei ler. Comecei bem o ano com relação a outras leituras, espero manter o padrão, e ter tempo para esta empreitada.

Escrevendo aqui, me lembrei do quanto lia por ano, livros extracurriculares, o quanto era boa na escrita e me aperfeiçoava em narrativas, e hoje...é são outros tempos. Minha escrita ainda é boa, mas as narrativas, estou perdendo a prática.


Lembrei de uma moça que estudou comigo, era uma machadiana. Ó. Que bom pra ela, mas nunca nem sequer tive curiosidade em lê-la. Eu era segura com as minhas. Talvez, hoje eu entenda que poderia ser medo de alguém ser párea para mim e lendo, veria que não era lá aquelas coca-cola (que pretensão minha de ser). Ou talvez porque era só brilhantismo à metidice, a humildade não lhe fora apresentada. Até hoje, não sei de seus textos, só de elogios rasgados da loira fenocópia que não tinha nada que corrigir, por não ter nada o que corrigir, apenas apreciar e espalhar...

Mas, sim, voltando, disseste para abstrair...eu tenho tentado. Esta penseira não é só um depósito de lembranças ou idéias, muito menos reduz-se a desabafos e conselhos. É um exercício. Um exercício de uma prática da qual sempre gostei. Da moda antiga de papel e caneta, do borrão gostoso que vai tomando formas.

Acho que valeu a minha curiosidade não controlada. Controle demais perde a graça e estraga. Tu, que nem sequer imaginas, passa a ser um estímulo para eu aperfeiçoar minhas palavras. Agradeço-te então, que de mim nem lembras, mas a partir dessa curiosidade intencional pelas tuas palavras, vou querer beber um pouquinho delas e quem sabe, das metáforas trabalhadas poderei sorrir ao me satisfazer com uma escrita/leitura dignas e não apenas para mim, para levantar meu ânimo, desaguar minhas tristezas e alegrias e reflexões, mas para todos. Quero a tua beleza também! Vou aprender contigo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Com quem??? Ahhhhhhhhhh! Depois de você sou eu!