domingo, 22 de março de 2009

Como não te dizer tais palavras?
Como não sorrir ao te ver?
Como não sorrir ao te ouvir?
Como não sorrir ao te tocar?
Como?


Como esquecer os momentos vividos?
Aqueles intensos, de emoção, melodia, companhia...
Os momentos de alegria pura!
E também, os de desconsolo e desesperança...
Tua voz era um alento e chegou a ser um tormento.





Mas não. Não eras tu. Só tu.
Era eu. Eu e tu.
Nós e tudo o que nos rodeava.
O destino quis manter-nos juntos, enquanto nossos amigos próximos aos poucos pulavam do barco...



Alguns por não aguentarem a maresia,

outros, por buscarem outros mares, e por isso navegaram em outros barcos.




Restamos nós dois e uma torcida de longe.
Olhando por nós. Pela nossa relação, pela nossa evolução.

Sonhamos juntos. Choramos juntos. Decepcionamos-nos juntos.
E...chegou o momento em que nos libertamos!

Ah, quanto peso foi descarregado. Quantas promessas proferidas.
Quantas lembranças vieram à tona, para confirmar algo que só tempos depois quis reconhecer.
E pensar que muitas vezes pensei em desistir de ti...
Seduzida por outros sons. Outras realidades mais gostosas de viver e idealizar.
Teclas, sopro e cantoria. Histórias.
Ah, que engano cometeria. Quem me traz uma história de tramas e fios és tu.

Minha história.

Não que os outros não sejam bem-vindos, ao contrário, são muito bem-vindos.
Só fazem acrescentar. Mas te abandonaria por desgaste de uma situação dolorosa.
Não seria justo e nem inteligente, pois as dificuldades não eram contigo.
Não. Disso sei bem.

Foi apenas um momento frágil.
Uma meta que estava custando muito caro.

Ai...nem gosto de recordar.

Autocontrole. Obrigação. Desrespeito. Impaciência.

Quantas lágrimas...


É não foi nada fácil, navegarmos "sós" nesse barco.
Não...claro, completamente sozinhos não estávamos.
Reconheçamos.


Entretanto, que bom que conseguimos atracar em local seguro, optar por terra firme e nos preparar para novos repertórios, navegando em outro barco.


Vida nova em velhas relações.


Que gostoso!



Agora, só nos resta continuar, com o desconhecido conhecido.

Sem tristezas ou ansiedade prejudiciais.

Não. Agora é alegria e superação.



Continuamos juntos e é isso que importa.

Como não te dizer tais palavras?
Como não sorrir ao te ver?
Como não sorrir ao te ouvir?
Como não sorrir ao te tocar?
Como não sorrir? Como?


Melodias em nossos corações. Em nossas histórias.

Em nossa esperança.
Em nosso futuro.
Em nosso presente.


Amo-te.

Amo tudo o que construímos.


Amo todos e todas que pelo nosso caminho passaram e ainda passam.


Mesmo que apenas para relembrar...mesmo que apenas para projetar.


E principalmente, amo aqueles que nos fazem viver.

Ver. Sentir. Sorrir. Emocionar.

Simplesmente, amo te amar.

4 comentários:

Anônimo disse...

Uau! Que declaração de Amor pela música! Lindo texto.

Flor da Esperança disse...

Obrigada meu querido!

Mas,é para o meu violoncelo!

=)

Beijão!

Anônimo disse...

Que lindo!

Continues sendo feliz ao lado do teu violoncelo!

Anônimo disse...

que lindo!!!!