Tá bom, não esperava essa visão. Já estava feliz por encontrar-se no lugar em que realmente deveria estar. Depois de longas semanas de risos, (re) descobertas, voltando pra casa sentindo o vento gostoso no rosto, bagunçando os cabelos, sabia que viria a batalha pra preparação para a reta final. E não foi moleza a (re)adaptação. Tudo novo de novo.
Fugindo do frio, encontrou um lugar seguro, mas antes disso, seus olhos curiosos naquele novo ambiente o viu passar. Nada demais, pensou, apenas deixou-se apreciar a beleza que passava na sua frente e fazer suposições.
A segunda visão foi numa fila comum, com três falantes amigos e um, menos, a razão de suas suposições, calmo, tranquilo, responsável, claro. Mais uma vez deixou-se apreciar.
Depois, simplesmente, com o passar dos dias, impossivel não sentir vontade de deleitar-se ao vê-lo chegar, ou passar. E, pra sua surpresa, e para a dos outros, a visão se aproximava mais e mais até também encontrar um lugarzinho. Mais perto do deserto. Um olhar e um sorriso. E pronto. Aí aconteceu a maravilha e a desgraça. O oásis e o deserto.
Não contava com a miragem entre eles.
O que houve e o que não houve entre eles, quem sabe? Lado a lado cotidianamente, mas fora do alcance.
Cansaço. O encanto se desfez, a paisagem mudou. A sede ficou, com algum esforço consguiu molhar a boca, mas beber, não. E agora, desidratando até não poder mais. A loucura já se aproxima, enquanto a visão se afasta.
Eterna miragem.
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