terça-feira, 9 de junho de 2009





Hoje vi, duas sementes sairem pra solo firme, sair do vaso de tantas e tantas semanas.


Aquelas que eu vi nascer, eu vi chorar, eu vi acalmar e vi esperançar.

Saudades terei do tempo que ao lado fiquei. Auxiliando aquelas que lhes trouxeram à vida e que dia, tarde e noite só lhes tinham no pensamento, que se esforçavam e de tudo faziam.

Saudades de todo o processo. Da aproximação estranha enfeitada de adereços nada estimulantes que geraram medo, insegurança que aos poucos tornava-se habitual e não assustava. Daquele contato com as vigilantes verdes que lhes contavam das artes e manhas, dos progressos e dicas. Das horas de visitas, dos termos técnicos e das aprendizes querendo e sendo antenadas ao que ocorria. Torcendo a cada evolução e acolhendo cada frustração.

E depois de quatro dias, sem ver as lindas sementinhas, cheguei no jardim, naquela dúvida se já teriam ido pra outro terreno ou se ainda estariam por lá, para mais um acompanhamento, já que tudo indicava que logo, logo iriam embora. Tal foi a minha surpresa de no fim do dia me darem a notícia da mudança. Um aperto no coração, emoção sem dúvida. Pelas sementinhas que resistiram e mostraram ser mais fortes que julgavam suas próprias progenitoras. E por elas, lógico, as mulheres maravilhas e maravilhosas, falantes e de olhos brilhantes. Mais que isso, mães, de primeira grandeza.


Qual a minha intervenção final? Mais do que orientações sobre cuidados e expectativas desenvolvimentais, eu desejo muito amor no terreno familiar, aquele que há muito ansiaram suas sementes plantar.


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