
E nessa vida de incertezas, a gente continua a passo firme.
E nesse céu de poucas estrelas, a chuva forte insiste.
E nessa rua de poucos amigos, ninguém insiste.
Apenas as crianças. Apenas as crianças.
Na correria, na brincadeira, na bicicleta ou no patins.
Na beira da calçada, nas conversas afins...
Na liberdade, na alegria, na leveza.
A liberdade delas é maior. Termina com a mãe chamando pra jantar.
E os outros, pseudoliberdade. Ninguém insiste. Nem hora pra jantar tem.
Às vezes, nem jantar...
Na correria (para os compromissos), na brincadeira (verbal-virtual), no carrro ou busão.
Na vez da fila do pagamento, nas conversas reais sobreviventes. Pelo menos há conversa.
Provavelmente, espaço apenas para amigos. É, provavelmente.
A televisão reina. O computador reina. A música reina. Nem sempre a leitura reina.
O sono chega. Prioridade.
E lá se vai o dia, a tarde, a noite. A semana. O mês.
Cada um em seu mundinho.
O espelho mostra os anos.
A vida está aí, ou não está?
Quem sabe a gente chega lá.
Espero que não no abismo após alto mar.
E nesse mundo de frieza, ninguém existe.
E nesse mundo de pobreza, ninguém permite.
E nessa rua de poucos amigos, ninguém insiste.
Apenas as crianças. Apenas as crianças.
Ah, O Menino do dedo verde, que surpresas mostraria, que surpresas?
Ah, O Pequeno Príncipe, que palavras diria, que palavras?
Ah, Hassan, que confiança teria, que confiança?
Ah, Clementina do céu azul, que faria para ter esse azul, que faria?
Ah, Harry, que ato de nobreza demonstraria?
Ah, você...que lhe restaria?
Nesses minutos incessantes, o que aconteceria?
O que?
O que?
O que?
2 comentários:
Thati, como já falei pelo msn, já li parte dos textos que postaste e gostei muito do que vi. Só espero que ñ coloques os teus sonhos na tua penseira, PELOAMORDEDEUS!!!!
Abraço.
Agradeço o teu alerta.
Mas não te preocupa!
Abraços.
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