E ela estava perdida, só, repensando suas atitudes. Tentando não se afogar. O sol já não mais brilhava, nem para vê-lo nascer, nem para vê-lo se pôr. Dias de agonia, menos sono, menos palavras, apenas a música lhe acompanhava e lhe dizia o que estava em seu coração, ou do que restava ainda dele.
Dias e dias intensos de muita alegria e muitas descobertas e, de repente, o mundo pirou! A realidade chegara e ela não estava preparada para todas aquelas exigências. Pediu socorro, atenção, afeto. E sufocou quem podia lhe ajudar a nadar, apenas por querer sobreviver aquilo tudo. À margem chegara, porém, sem estar com quem realmente queria...
E de lá de longe, surge a oportunidade do desabafo, sem as metáforas constantes e preciosas. Ela, enfim, já conseguia deslumbrar um pouquinho do sol, que lhe aquecia e lhe iluminava. Luz! Era o que precisava. Era o que ansiava. Cansada de tantas nuvens. Falar, falar, refletir, autoanalisar, autoavaliar.
É crescimento, é amadurecimento, é a doçura na consistência. É um insight. É uma constatação. É emoção.
Nova fase, dores presentes porém passadas. É viver novamente. No samba ou no rock, ou no sambarock. Na mistura que vier. Sim! Ela quer viver, ela pode viver, ela vive!
E a doçura e fortaleza permanecem, mesmo quando se cruzam com a fragilidade e a loucura...E ela segue, cantando...