quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Wingardium leviosa- feitiço de levitação


Doutor,


Não sei se lerás estas palavras de desencanto.

Desse realismo e conformismo que tanto já demonstraste, por vezes frio e seco de que preciso me acostumar.

Não totalmente, pois acreditar nas coisas boas ainda pode ser mais confortador se for para ir à luta, o que me leva a tal Esperança de que tanto aprendi no último ano...por vezes saudável, por vezes problemática.

Ainda assim, enquanto a situação me mostrar ser possível, acreditarei. Caso contrário, a luta será encarar a realidade irreversível e agüentar as conseqüências.

Estás me acompanhando Doutor?Espero que sim.

Hahaha, que ironia, espero...ora, a esperança persiste. Nada mais do que um desejo, sem gozar, sem saber, sem poder (Sponville, 2005). Justo. Muito justo.

Pois é Doutor, talvez lembres dessa discussão, mas eu prefiro as metáforas que nos envolvem, os enigmas que nos intrigam, as descobertas que nos apresentam, a felicidade que nos toca. Isso é mais saudável. Isso é um dos meus remédios mais eficazes! É um dos, ainda me restam outros. Graças! Mas enquanto puder ter a dose certa do teu, ficarei nesse tratamento. O efeito é duradouro. É sim. Tem sido.

E vejo que já estou devaneando, sob efeito talvez de estar escrevendo pra ti. É automático. Desculpa por torná-lo à vista dos outros. Lembre-se, escrever também pode ser uma estratégia de enfrentamento. Sei portanto que me tu me recompensas, afinal, são pensamentos.

Sim, o desencanto...nada mais do que desgaste, cansaço da realidade apresentada (ou seria uma inferência da realidade?). Enfim, por isso comecei a escrever. Queres saber? Revi meus padrões. Parei. Toalha branca, lembra? É, mas para aquilo você-sabe-o-que. Então, prefiro sentir leveza com o Wingardium leviosa produzido por ti. Fui abalada por um que não foi produzido direito. Tavez ainda esteja aprendendo, ou talvez nem esteja se esforçando, mas independente do motivo, gerou instabilidade. Por isso, eu escolho a leveza com palavras e gestos corretos. Hum... hahaha, engraçado, percebeu? Estabilidade na leveza do flutuar, que contradição...

Mas é isso, por enquanto, fico com o bem-estar do teu remédio e a sensação do teu W.Leviosa. Assim, me sinto melhor, assim me sinto bem. Assim, assim, assim...

Rio, ao te imaginar.

Calma, sem sustos, Doutor. É com sinceridade e desencanto que te escrevo. Afinal, concordamos em nos comunicar de fato!

Em breve, mandarei notícias, espero que com encantamentos. Bons encantamentos.

Abraços leves.

Desencantada


ps: é incrível como é uma tendência de se esperar sempre coisas boas né? Percebeu como terminei? E foi desproposital,natural, natural...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Sem tempo nem tempero



E nessa vida de incertezas, a gente continua a passo firme.
E nesse céu de poucas estrelas, a chuva forte insiste.
E nessa rua de poucos amigos, ninguém insiste.

Apenas as crianças. Apenas as crianças.

Na correria, na brincadeira, na bicicleta ou no patins.
Na beira da calçada, nas conversas afins...
Na liberdade, na alegria, na leveza.

A liberdade delas é maior. Termina com a mãe chamando pra jantar.
E os outros, pseudoliberdade. Ninguém insiste. Nem hora pra jantar tem.
Às vezes, nem jantar...

Na correria (para os compromissos), na brincadeira (verbal-virtual), no carrro ou busão.
Na vez da fila do pagamento, nas conversas reais sobreviventes. Pelo menos há conversa.
Provavelmente, espaço apenas para amigos. É, provavelmente.
A televisão reina. O computador reina. A música reina. Nem sempre a leitura reina.
O sono chega. Prioridade.

E lá se vai o dia, a tarde, a noite. A semana. O mês.
Cada um em seu mundinho.
O espelho mostra os anos.
A vida está aí, ou não está?
Quem sabe a gente chega lá.
Espero que não no abismo após alto mar.

E nesse mundo de frieza, ninguém existe.
E nesse mundo de pobreza, ninguém permite.
E nessa rua de poucos amigos, ninguém insiste.

Apenas as crianças. Apenas as crianças.

Ah, O Menino do dedo verde, que surpresas mostraria, que surpresas?
Ah, O Pequeno Príncipe, que palavras diria, que palavras?
Ah, Hassan, que confiança teria, que confiança?
Ah, Clementina do céu azul, que faria para ter esse azul, que faria?
Ah, Harry, que ato de nobreza demonstraria?

Ah, você...que lhe restaria?

Nesses minutos incessantes, o que aconteceria?

O que?
O que?
O que?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O desejo



O Espelho de Ojesed certamente me mostraria o que naquele momento acontecia.

Para anos a mais, mais dez, mais dez, mais dez...

Continuemos, continuemos, continuemos...

Afinal,o Espelho só indica.

Cabe a nós fazer acontecer!


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Seguimento




Eu tento.
Às vezes esqueço.
Momento.
Então, relembro.
Repenso.
Não compreendo.
Lamento.


Eu tento.
Às vezes esqueço.
Mil momentos.
Então, relembro.
Não entendo.
Estremeço.
Lamento.


Eu tento.
Às vezes esqueço.
Leio.
Então, relembro.
Devaneio.
Esmoreço.
Lamento.


Eu não tento.
Busco.
Olho.
Sorrio.
Não penso.
Não lamento.
Não agora.
Vivo o momento.


Depois...agüento.
Até não mais...
Até, não mais...
Até...
Seguimento.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Prenda Trio


E depois de tanto marcar e remarcar, finalmente se reencontaram.
Os pensamentos de Grey foram só o pretexto. O importante era o reencontro.
As conversas, as divagações, as opiniões, as risadas, as vidas.
Aí, as histórias tristes também, para as lamentações e conselhos.
Atualização. Sem temor, sem timidez, sem reprovação ou julgamento.
Como sempre fora naquela relação.
E o ano novo veio com esse reencontro.
Cor de verde-limão.
Gosto de pipoca e guaraná. Chocolate e coca-cola. E uma sopa pra contrabalançar...
Emoção de Meridith e Cia.
Beleza do Dr. e Dra. Sheperd.
Pesando quase 21 gramas, a confirmar...
No mais, palavras, abraços fortes. Atenção. Livros.
Que beleza que foi.
Encantada.
Duas temporadas. Compensou os dois anos de latência.
O trio novamente reunido. Repetindo o programa de muitas vezes.
Como sempre foi. Como sempre será.
Muitas outras temporadas pela frente, afinal... The Flower of Hope!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009


Strogonofe. Farofa. Samba.

Hassan e Amir.

Sem Cálice de fogo.
Mensagem para você. Duplamente apreciado!

Perfil.
Neurônios trabalhando.
- Auto estima, com ou sem hífen?
-Vai juntar e dobrar o R e o S.
- Mas é com H...

Ninguém se entendeu. Ha-Ha-Ha.

E assim aconteceu. Vitória dela. Feito inédito. Graças a duas Pessoas, algumas Coisas e por incrível que pareça a um Lugar. O Azul deu certo?Ao que tudo indica. E não foi sorte de principiante, nem principiante era...talvez naquela versão. É. Mas o que importa?

Pura descontração.

Não troca aquele momento por nada. Quer dizer, nada é muito forte, mas momento como aquele é sempre precioso.